A chamada divina para a obra

 Assunto: A chamada divina para a obra

Texto Básico: I Cor. 12:12-31.

 

Texto Áureo: “Há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.” (I Cor. 12:5)

 

    Introdução

 

     Numa região rural do sul dos Estados Unidos, onde existem muitas igrejas batistas, surgiu uma história engraçada que realça uma verdade muito importante. Durante um avivamento numa igreja de um certo lugarejo, um irmão chegou certa noite ao culto contando que Deus o havia chamado ao pastorado porque de manhã, enquanto  plantava milho, de repente ele viu no céu as letras “V- P- M”, as quais  interpretou como sendo o seguinte recado do Senhor: “Vá Pregar a Mensagem”. Começou então a pregar nas igrejas da região, mas depois de um ano abandonou o ministério e voltou a trabalhar no seu sítio. Quando o evangelista voltou àquela igreja, perguntou-lhe  porque havia abandonado o pastorado e a sua explicação foi a seguinte: “Bem, eu pensava que as letras “V-P –M” significavam  “Vá pregar a mensagem” mas, depois de tentar faze-lo cheguei a conclusão de que elas realmente significam “Vá Plantar Milho” !!!

 

      A – “Há diversidade de dons, mas o Espirito é o mesmo.” (I Cor.12:4)

      Como no caso do irmão acima mencionado, muitos se precipitam achando que foram chamados ao pastorado, quando na realidade Deus os queria em outras funções tais como diácono, regente de música, cooperador, distribuidor de folhetos, professor de escola dominical ou mesmo evangelista.

      O ministério pastoral não é o único meio de servir a Cristo. Cada um dos membros do corpo da igreja recebeu pelo menos um dom para ser útil servindo aos demais (Ef.4:11-16; Rom.12:3-8; I Cor.12:11-31; I Ped.4:10-11). Muitos bons diáconos, obreiros e evangelistas se inutilizaram no serviço de Cristo porque tentaram entrar na obra do ministério sem terem sido chamados e capacitados pelo Espirito Santo, muito embora fossem perfeitamente capazes de serem ótimos cooperadores e ajudantes do pastor. Não estamos entretanto afirmando que Deus não possa eventualmente chamar um diácono  para o ministério pastoral. Mas isto é exceção e não regra

 

     A igreja deve dar a todos os seus membros amplas oportunidades e estímulos para exercitarem os seus dons, desde que ela seja edificada (I Cor.14:12,26b). Semelhantemente ao corpo humano, em que cada parte ou membro trabalha em total interdependência com os demais, o corpo todo tendo que depender do ouvido para ouvir, do nariz para cheirar etc, na igreja o que eu não posso fazer, outro membro pode e assim todos ficamos satisfeitos, e beneficiados (Ef.4:15-16).

 

     B – É Deus quem chama!

     Nas épocas bíblicas, homens escolhidos para determinadas funções ou missões foram chamados desde o nascimento: Sansão (Juizes 13:5), Jeremias (Jer.1:5), João o Batista (Lucas 1:13-17) e Paulo, o qual foi um “vaso escolhido”, “separado desde o ventre de sua mãe” (Atos 9:15; Gal.1:15). É evidente que o Senhor colocou neles algum dom nato que os capacitava para a função. Às vezes tal dom é reconhecido por outros antes mesmo da pessoa ser convertida! Ao que tudo indica Timóteo foi identificado “pela profecia” ou seja, pela previsão dos irmãos como um futuro obreiro,  antes dele mesmo tomar consciência da chamada (I Tim.1:18).

     Se Deus não capacitar ao candidato, dando-lhe o dom de pregar e ministrar, não adiantará lançar-se ao ministério pois somente encontraria o fracasso e a decepção. Como em qualquer vocação da vida, a pessoa tem que ter “jeito” para esta tão importante obra.

     Em certa igreja, quando estavam procurando saber a vontade do Espirito Santo para a escolha de um pastor, um dos membros se dirigiu aos demais irmãos com estas palavras: “Bem, quer dizer que quem for escolhido será sustentado pela igreja e não terá mais que trabalhar, certo?”. Depois ele não entendeu porque a igreja não o quis de jeito nenhum para ser o pastor!

      Infelizmente alguns pensam no ministério como um simples meio de vida. Para os tais, convém avisarmos que pouquíssimos são os pastores que recebem o suficiente para terem uma vida “folgada”. Alem do mais, o ministério pastoral é um dos trabalhos mais árduos e penosos que existem!

     Dirigir aos cultos e pregar domingo após domingo não é senão uma ínfima parte da obra de um pastor. Ele terá que levar toda a responsabilidade pelos membros e saber lidar com as cargas sem se queixar, pois trabalha “não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto” (I Pedro 5:2). Que se apresentem como candidatos ao pastorado somente irmãos dispostos ao trabalho e ao sacrifício na obra do Senhor!!!

     Questionário da lição 31

  1. Quem é que deve indicar qual a função de cada membro na igreja?
  2. Quais são algumas das funções ou serviços a que um membro pode sentir-se chamado?
  3. É possível um irmão por engano pensar estar sendo chamado ao pastorado?
  4. Estará certo alguém pensar no pastorado como um simples “meio de vida”?
  5. Ao pensar em atender a chamada para o ministério, o irmão deverá estar disposto a que tipo de vida?