O Pastor (continuação)2

 Assunto: O Pastor (continuação)

Texto Básico: Efésios 4:11-12.

 

Texto Áureo: “... visto, pois, que eu sou apóstolo dos gentios, glorifico o seu ministério.” (Rom 11:13b – Ed. Revista e Corrigida).

 

Introdução

      Conforme nosso texto básico, Deus coloca na igreja certos cargos visando “o aperfeiçoamento dos santos (os membros) para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo”. Enquanto Apóstolos e Profetas eram cargos temporários, durando somente até que a Bíblia fosse completada, Pastores e Diáconos são cargos definitivos, necessários até hoje para o bom andamento da obra do senhor. Não são necessários para a existência de uma igreja, mas sim para o seu bem estar espiritual. Ela pode existir mesmo sem pastor, mas funcionará com certa deficiência.

 

      Na última lição vimos quais são as responsabilidades de um pastor e agora passaremos a examinar as da igreja para com o seu pastor.

 

      B. Os deveres da Igreja para com o seu Pastor

     1. Estima, amor e respeito pela autoridade da sua posição. Segundo Heb.13:17 e I Tess.5:12-13, o pastor goza de uma certa autoridade que os demais membros não possuem, indicada pelas palavras “governar”, “presidir” e pela  exortação feita aos membros para que lhe “obedeçam”. Entendemos pela Bíblia que a igreja dá a todos os seus membros, sem distinção, o direito de votar. Algumas igrejas, apoiando-se no conceito da democracia não dão ao pastor o devido respeito, ao passo que em outras, os pastores abusam da sua autoridade. Parece que estes dois princípios, quando observados biblicamente servem para estabelecer um equilíbrio sadio entre o líder e a congregação. O regime “democrático” não deve privar o pastor da autoridade divina da qual está revestido por Deus na sua posição. O pastor deve ser respeitado, independentemente das suas qualidades pessoais, por causa da sua posição e pela gloriosa obra que realiza (I Tess.5:12-13; Rom.11:13).

 

     O pastor não deverá usar da sua autoridade de uma maneira arbitrária ou injusta, pois está revestido de autoridade divina só na medida em que ensinar a verdade divina (da Bíblia) e exortar os membros à obediência aos mandamentos divinos. Certamente o pastor cuja vida for exemplar, exercerá uma grande influência sobre o seu rebanho, mas o fato é que a sua autoridade tem limites (I Pedro 5:3; Hebr.13:7).

 

     2. O seu sustento material. É para a igreja tanto um dever como um privilégio sustentar integralmente ao seu pastor. Muitos usam o fato de existirem os “mercenários”, homens “cobiçosos de torpe ganância”, como desculpa para não quererem sustentar aos verdadeiros servos de Deus! Mas está ordenado que “aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho” (I Cor.9:14)!! Paulo argumenta como seria absurdo o soldado “ir a guerra à sua própria custa” ou o lavrador deixar de desfrutar do resultado da sua colheita! (I Cor.9:7-11). Deus cuidou dos antigos levitas que dedicavam todo o seu tempo às coisas sagradas, estabelecendo que se recolhessem dízimos e ofertas para o seu sustento integral (I Cor.9:13). Também deixou claro que os seus ministros devem ser sustentados pelas igrejas (I Cor.9:14; I Tim.5:17-18), tendo assim tempo para cuidar das necessidades espirituais do rebanho. As responsabilidades dos pastores e dos diáconos foram repartidas em Atos 6:1-7 para dar ao pastor tempo para “a oração e o ministério da palavra” (verso 4). Portanto, não é correto sobrecarregá-lo com tantos afazeres de natureza material a ponto de deixá-lo sem tempo para dedicar-se ao estudo da Palavra, ao preparo das pregações, ao conforto dos enfermos e a outras atividades espirituais.  

 

     Há  igrejas nas quais os membros levam todo problema financeiro particular e todas as suas reclamações e queixas ao pastor, a ponto dele ficar sem tempo suficiente para alimentar e doutrinar a igreja, bem como evangelizar aos perdidos. Um bom conselho é que cada irmão e cada irmã antes de levar seu problema ao pastor, procure analizá-lo bem para ver se realmente é o caso de procurar ao pastor. Às vezes o membro pode resolver seu problema através da oração e orientação da Palavra de Deus sem ter necessidade de procurar o pastor. Naturalmente, em casos urgentes e verdadeiramente necessários, o pastor deverá ser consultado e deverá estar à disposição da irmandade.

 

     3. Orar em seu favor. Aarão e Hur sustentaram as mãos de Moisés para que Israel prevalecesse contra seus inimigos (Êxodo 17:11,12). Se a igreja deseja um pastor poderoso na pregação e no ministério, que lhe sustente as mãos em oração!!! É aconselhável que em vez de criticá-lo, cada membro diariamente lembre-se dele diante do Trono da Graça.

 

     Perguntaram a um certo pastor bem conhecido nos Estados Unidos qual o motivo do seu ministério ser largamente abençoado e haver freqüentes conversões em sua igreja. Ele abriu uma porta e mostrou ao visitante que lhe havia feito esta pergunta um grupo de irmãos ajoelhados em oração. E então explicou: “Esses irmãos sempre se reúnem e oram pela pregação antes do inicio de cada culto. Daí vem o poder do meu ministério!” Quantas vezes o apóstolo Paulo pedia oração a favor do seu ministério (Efésios 6:18-20; Col.4:3,4) !! Se o grande apóstolo assim necessitava das orações do povo de Deus, quanto mais os pastores nos nossos tempos! (Hebreus 13:18).

 
 

    Questionário da Lição 34

    1. Pode uma igreja existir sem pastor?
    2. Qual é o primeiro dever da igreja para com o seu pastor, citado nesta lição?
    3. Explique de que tipo é e de onde vem a autoridade de um pastor.
    4. Mencione alguns endereços de passagens bíblicas que mostram a necessidade da igreja sustentar ao seu pastor.
    5. Por que os crentes devem orar diariamente pelos seus pastores?