UM ESTUDO SOBRE DOUTRINA

 I- O QUE É DOUTRINA

      São  aquelas  verdades clara se fartamente reveladas por Deus em Sua Palavra e somente nela. Sonhos,  visões e revelações  são portanto rejeitadas.

     Não se pode basear uma crença em um único versículo de significado dúbio ou então em um versículo interpretado desconsiderando-se o seu contexto.

 

     Como nossas crenças baseiam-se única e exclusivamente na Bíblia, a rigor não podemos falar em “doutrina batista” .

 

     II- O QUE NÃO É DOUTRINA

     Encontramos na Bíblia nada menos que quatro níveis de instrução. São eles:

      a- Doutrina. Ex.: a segurança da salvação

     b- Opinião apostólica. Ex.: não casar em época de perseguição; mulher de cabelos curtos;

      c- Tradição eclesiástica. Ex.: celebrar a Ceia aos domingos

      d- Questões de ordem. Ex.: quantos cultos por semana e em que horários; quantos pastores; freqüência na administração da Ceia; grau de burocracia administrativa

                                   

                                                                                                                                                                                                                                            

     III- COMO SE CLASSIFICAM

     Podem ser classificadas quanto ao assunto e a importância. Quanto ao assunto:

      a- Teologia (a respeito de Deus)

      b- Soterologia (o Homem e a sua salvação)

      c- Eclesiologia (sobre a Igreja)

 

      d- Escatologia  (sobre o futuro)

 

 

     Quanto a importância, podemos classificá-las em fundamentais e não fundamentais, podendo divergirmos sobre estas últimas sem por causa disso desconfraternizarmos. Ex.: Alguns irmãos crêem que o Arrebatamento ocorrerá antes da  Grande Tribulação,  ou no meio dela ou no seu término. Por outro lado, não seria possível admitirmos entre nós quem discordasse de que a salvação se obtém exclusivamente pelos méritos de Cristo.

 

     IV- QUAL A SUA IMPORTÂNCIA

 

     É fundamental para que consigamos nos acertar com Deus e depois viver uma vida  que Lhe agrade e honre. Constitui no verdadeiro patrimônio de uma igreja, visto que é preciso ter origem e doutrina certas para ser uma verdadeira Igreja de Jesus Cristo e como tal continuar a ser (Apocalipse 2 e 3).

 

     V- QUAIS AS PRINCIPAIS

 

     Você encontrará esta informação  no item número oito.   

 

     VI- QUAIS SUAS IMPLICAÇÕES PARA A VIDA DO CRENTE?

      a- inteiro galardão (I Cor 3.11-15)

      b- viver na perfeita vontade de Deus (Rom 12.1-2)

      c- aumento da responsabilidade (Luc 12.47-48)

      d- ser abençoado por Deus (Tia 1.23-25)

      e- dívida com os incrédulos (II Tim 2.24-26)

 

      f- dívida com os irmãos (II Tess 3.6,14-15)

 

      VII- QUAIS SUAS IMPLICAÇÕES PARA A IGREJA

      a- o autêntico poder do Espírito Santo

      b- conversões autênticas

       c- manter-se firme doutrináriamente (I Tim 3:15; Judas 3)

 

       d- manter-se desconfraternizada de igrejas falsas (I Cor 5.6-13; Rom 16.17; I Tim 3.6-7)          

 
 

 

      VIII- COMO AS DOUTRINAS PURAS ESTÃO SENDO ATACADAS

 

 

      1. A BÍBLIA: cremos que toda a palavra da Bíblia, nas línguas originais, é inspirada por Deus e que por isso ela é a nossa única, exclusiva e suficiente regra de fé e prática (II Tim 3:16-17; II Pedro 1:20-21; Isaías  8:20; Prov  30:5-6; Apoc 22.18-19).

 

      ATAQUE: por todas as seitas e denominações.

 
 

      2. DEUS: cremos que Deus é uma Triunidade, sendo um Deus em três pessoas ou manifestações, com funções distintas mas harmoniosas (Mat. 3:16-17; 28.19-20; I Cor 8.5-6; II Cor 13:13).

 

      ATAQUE: os Testemunhas de Jeová negam a divindade de Jesus e os Carismáticos negam a personalidade do Espírito Santo.

 
 

      3. O PECADO: cremos que o Homem foi criado sem pecado, mas que caiu deste estado, tornando-se assim todo homem atualmente pecador por natureza e vontade e por isso mesmo, incapaz de efetuar sua própria salvação por meio de seus esforços  (Rom 5.12-19;  3.9-23;  Efe 2:1-3; Salmo 51.5; Jer  17:9; Gal 3:22).

 

      ATAQUE: ensinam a salvação pelas obras ou o aprimoramento através de sucessivas reencarnacões.

 
 

      4. A SALVAÇÃO: cremos que a salvação provém  exclusivamente da graca de Deus, sem os esforços, as obras ou os méritos do Homem (Efe. 2.8-10; Rom 11.6; II Tim 1.9; Isa 55:1; Tito 3.3-7; Apo. 21.6; 22.17).

 

      ATAQUE: a maioria ensina a obtenção da salvação pelas obras, como o batismo católico.

 
 

      5. O ARREPENDIMENTO E A FÉ: cremos que são necessários para a salvação  e que significam uma verdadeira conversão de uma vida de pecado para uma nova vida em Cristo (Atos 2.21; 16.30-31; 11.8; Luc 13.1-5; Mar 1.15; Efe 2.8; Rom 10.9-11; Tito 2.11-14; II Cor 5.17).

 

      ATAQUE: os Calvinistas tiram a responsabilidade do Homem

 
 

      6. A REGENERAÇÃO: cremos que faz parte de uma conversão autêntica, sendo efetuada pelo Espírito Santo no pecador arrependido, resultando na comunicação de uma nova vida em Cristo (João 3.3-6; II Cor 5.17; Eze 36.26-27; Tito 3.5-7; Efe 4.20-24; Mat 3.8).

 

      ATAQUE: muitos ensinam a salvação por adesão a uma seita ou denominação, como o Catolicismo.

 

   

      7. A JUSTIFICAÇÃO: cremos que o pecador é justificado eternamente por Deus no instante em que crê em Cristo como seu Salvador; a justificação  significa o perdão dos pecados e a entrada definitiva do indivíduo  no favor de Deus (Atos 13.39; Rom 5:1; 8.1; 4.4-8; 3.24-26).

 

      ATAQUE: muitos ensinam a possibilidade de perder a salvação. Imagine aquele que foi perdoado estar novamente condenado!

 
 

      8. A SANTIFICAÇÃO:  cremos que através dela, Deus torna santa a vida do crente, dia após dia, visando a sua perfeição final  quando acontecer a ressurreição do corpo (Rom 6.11-23; I Tess 4.3-5; 5.23; II Cor 7:11: Prov 4.18; Fil 2.12-13).

 

      ATAQUE: enquanto alguns ensinam a perfeição já (Pentecostais), outros falam de perfeição adquirida  pelos seus méritos e sucessivas reencarnações.

 
 

      9. A SEGURANÇA DOS SALVOS: cremos que o verdadeiro crente está eternamente seguro em Cristo, podendo perder por descuido a comunhão com Deus, mas nunca a sua filiação (I Ped 1.3-5; João 5.24; 10.27-30; Col 3.1-4; Rom 8.28-33,35-39; II Tim 1.12).

 

      ATAQUE: a grande maioria ensina que se pode perder a salvação.

 

      10. A LEI: cremos que o crente não está debaixo da lei mosaica para sua orientação, tendo sido libertado dela para servir a Cristo “em novidade de espírito”, estando debaixo da graca ou seja, da lei de Cristo (Rom6.14; 7.1-6; 8.2-4; João 1.17; Luc 16.16; Gal 5.16-18).

      ATAQUE: o ensino Adventista tenta misturar a  Lei com a  Graça.                        

             

 
 

      11. O DIA DO SENHOR E O SÁBADO: cremos que o crente não precisa guardar o sábado pois o mesmo passou  junto com  a Lei, e que deve  ao invés disso dedicar o primeiro dia da semana, o domingo, para a obra exclusiva do Senhor (Atos 20.7; Col 2.14-17; Gal 4. 9-11; João 20:19; I Cor 16.1-2; Hebr 10.24-25).

 

      ATAQUE: o Adventista  diz guardar  o sétimo dia, condena os que não o fazem  e afirmam que “guardar” o domingo constitue o “sinal da Besta”. Fazem uma divisão da Lei entre Moral e Cerimonial sem base bíblica e classificam a guarda do sábado como fazendo parte da Lei Moral.. 

 
 

      12. A IGREJA: cremos que Cristo  pessoalmente estabeleceu Sua Igreja durante seu ministério terrestre; que ela é uma organização local e visível e que a ela foram confiadas as ordenanças do Batismo e da Ceia além da Grande Comissão. Rejeitamos como antibíblica a teoria de Martinho Lutero da existência da “Igreja Universal, Invisível e Mística” (Mat 16.18-19; 28.18-20; I Tim 3.15; I Cor 11.23).

 

      ATAQUE: esta idéia, inventada pelo padre católico e fundador da Igreja Reformada Alemã, Martinho Lutero, encontra seguidores até mesmo entre os chamados Batistas Regulares, Batistas Bíblicos e Batistas Fundamentais.

 
 

      13. OS OFICIAIS DA IGREJA: cremos que há somente duas classes de oficiais da igreja, os bispos (também chamados de pastores ou anciãos/presbíteros) e os diáconos; que a eles cabe a função e o dever de supervisionar e administrar todo o trabalho da igreja, sendo também seus legítimos representantes diante do mundo (Fil 1.1; I Tim 3.1-13; Tito 1.5-9; Atos 20.28: I Ped 5.1-9).

 

      ATAQUE: muitas denominações têm sacerdotes (mediadores), enquanto outros dão aos pastores  poderes ditatoriais; outros crêem que as orações dos chamados “apóstolos”, “bispos” e “missionários” são mais poderosas ou constituem em verdadeiras ordens dadas a Deus (os católicos criaram uma imensa hierarquia eclesiástica e os Mórmons e os da “Igreja Renascer”  dizem possuir  apóstolos).

 
 

      14. AS ORDENANÇAS: cremos que a Igreja recebeu apenas duas ordenanças simbólicas, o batismo e a ceia: elas não têm  significado sacramental ou salvador mas simplesmente declarativo (Mat 28.19-20; I Cor 11.17-34).

 

      ATAQUE: os Católicos dão valor salvador às ordenanças e inventaram mais cinco “sacramentos”.  A Igreja de Cristo dá valor salvador ao batismo.

 
 

      15. O BATISMO: cremos que o batismo é a imersão do crente, pela autoridade de uma igreja neotestamentária com a finalidade de declarar diante do mundo a posição do crente como um salvo (Rom 6.1-4; Mat 3/5-8; Atos 8.36-39; 2.41-42;  Gal 3.26-27).

 

      ATAQUE: enquanto alguns não vêem  necessidade de serem batizados, outros lhe dão um poder salvador. Os Católicos Romanos mudaram a finalidade, o modo e a qualificação do batizando.

 
 

      16. A CEIA DO SENHOR: cremos que foi dada à Igreja por Cristo, para comemorar Sua morte na cruz: somente crentes que fazem parte da igreja ministrante, estando portanto debaixo da sua disciplina e a autoridade devem participar da mesma, após fazerem um auto-exame (Mat 26.26-28;  I Cor 10.16-17;  11.17-34; 5.1-13).

      ATAQUE: uns dão valor mágico à Ceia como de alto benefício espiritual, enquanto outros a desprezam porque  desprezam  a igreja; certas denominações  praticam  a chamada  “ceia aberta” a todos os crentes  visitantes; outros vão tomar a ceia em outras igrejas porque estão brigados com algum irmão da sua igreja; igrejas tomam a ceia mesmo estando divididas e com problemas conhecidos e não tratados.

     Outro erro de muitas igrejas, consiste em não tomar a Ceia com os símbolos  estalecidos por Cristo mas usando pão com fermento e já dividido em pedacinhos, enquanto outras usam corretamente um só pão mas  o suco de uva ou vinho já dividido em enúmeros calicezinhos.

      17. O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO: cremos que a Igreja foi batizada de uma vez por todas pelo Espírito Santo uma semana após a ascensão  de Jesus, no dia da festa anual judaica  de Pentecostes. Este batismo foi para conferir-lhe poder para executar a Grande Comissão. Os dons milagrosos duraram somente até o fim da época dos apóstolos, sendo substituídos por uma Bíblia completa e suficiente para a orientação dos salvos  (Luc 24.49; Atos 1:4,8; 2:1-13; I Cor 13.8-13).

 

      ATAQUE: o Movimento Carismático iniciado no início do século passado nos Estados Unidos prega a volta dos dons  dos apóstolos, dos administrativos e do de falar em idiomas desconhecidos, dando enorme destaque a este último  por considerá-lo como evidência de espiritualidade e de um tal “batismo no Espírito Santo”; ensinam também que se deve clamar por este tal batismo e que crentes sem esta experiência são de uma segunda categoria; crêem em visões e revelações e nelas se baseiam para viver, colocando tais “recados de Deus”  acima da Bíblia.

 
 

      18. A INDEPENDÊNCIA DA IGREJA: cremos que as igrejas são independentes umas das outras, sendo cada uma autônoma debaixo da autoridade de Cristo; que elas não devem deixar que nenhuma organização as domine; que deve haver cooperação voluntária entre elas na execução da obra da Grande Comissão (Atos 15; Apoc 1.12-13,20; II Cor 8 e 9).

 

      ATAQUE: Nos Estados Unidos, a partir de 1815, surgiu a tal Convenção Batista, entidade humana que usurpou de muitas igrejas sua autonomia, muito embora toda igreja verdadeira nasça  independente.

 
 

      19. MÉTODOS MISSIONÁRIOS: cremos que o missionário deve ser enviado e autorizado por uma igreja, podendo entretanto ser sustentado pela cooperação de várias; nenhuma Junta ou organização missionária deve substituir a igreja (Atos 13.1-4; 14.26-27; Fil 4.15-17; II Cor 11.7-11).

 

      ATAQUE: junto com a criação da Convenção, criaram outras organizações as quais passaram a enviar, supervisionar e intermediar as missões.

 
 

      20. O GOVERNO CIVIL: cremos que é uma instituição divina e que todos os crentes devem obedecer e respeitar suas leis, a não ser que elas venham a ferir suas consciências por contradizerem a vontade de Deus (Rom 13.1-7; Mat 22.21; Tito 3.1; I Ped 2.13; Atos 4.18-20 e 5.29).

 

      ATAQUE: algumas denominações pregam a desobediência civil, revolução  armada, a não prestação de serviço militar, o não juramento à  bandeira nacional etc.

 
 

      21. A VINDA DE CRISTO: cremos que Jesus virá em pessoa pela segunda vez para a Terra; Ele será visto por todos os homens em todos os lugares (Atos 1.11; I Tess 4.13-18; Apoc 1.7).

 

      ATAQUE: uns dizem que Ele virá a qualquer instante, outros afirmam que virá secretamente e outros ainda  afirmam serem capazes de saber a data da Sua vinda.

 
 

      22. O TRIBUNAL DE CRISTO: cremos que os crentes ressuscitados deverão ser julgados por Cristo na Sua vinda, não para tratar da  questão da salvação e sim para que recebam seus galardões segundo o grau de obediência e motivação amorosa (II Cor 5.9-10; Apoc 22.12; I Cor 3.11-15; Luc 12.35-48).

 

      ATAQUE: muitos ensinam que não se pode ter certeza da salvação desde já;  outros  ensinam que há chance de salvação depois da morte através de missas, velas, reencarnacoes etc.

 
 

      23. O MILÊNIO: cremos que Cristo ao voltar para a Terra, sentará no trono de  Davi e reinará sobre este planeta durante mil anos, sendo acompanhado na administração do Seu governo pelos  salvos glorificados (Luc 1.32-33; Apoc 20.1-6; 5.1-10; Luc 19.17; Isaías 2.1-5; 11.1-9).

 

      ATAQUE: alguns ensinam que já estamos no Milênio,  os Mórmons  crêem que irão povoar e governar outros planetas com suas muitas esposas, como novos  “Adões e Evas”.

 
 

      IX- CONCLUSÃO - Ser um batista é ser um crente  que conhece a Palavra e tem  estas doutrinas puras em convicção pessoal. Não basta ser membro de uma Igreja Batista mas é preciso conhecer, entender, adotar, praticar, defender as verdades da Palavra, a “Fé que uma vez por todas foi dada aos santos” (I Tim 4.16; Efe 4.14-16; Jud cap.3). Milhões de irmãos perderam suas vidas por defenderem estas verdades e nós somos os atuais herdeiros desta herança batista. Sejamos fiéis!